domingo, 19 de novembro de 2006

Um momento só pra mim (em meio a tudo que acabou)

"...Porque um dia o ódio passa. Um dia ela vai esquecer a mágoa, ver que a gente não tinha nada a ver, que tem gente muito mais legal do que eu por aí. Vai ver que a vida é muito mais do que um casinho de quatro semanas e meia, vai queimar meus livros e esquecer que eu existo. E finalmente vai ficar em paz. A raiva é um fardo leve pra quem tem bom coração; por pior que seja, uma hora ela passa.

O problema é quando o que sobra de um relacionamento é aquele restinho de amor. Aquela dorzinha no coração, aqueles pensamentos que invadem a nossa cabeça numa tarde de faxina, aquele "e se??", que muita gente carrega pro resto da vida, tudo isso multiplicado por cada vez que se amou de verdade. Sentir esse restinho que parece não acabar nunca é a pior das torturas, perto dela o ódio alheio passa a ser uma benção."


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É isso aí...
Sou uma das pessoas que carrega o fardo de amores passados por toda a vida.
Isso não quer dizer que ainda ame as pessoas com quem eu tive um namoro, rolo ou coisas do gênero, não que eu não as ame.
O que eu amo mesmo é o momento feliz que eu passei e por alguma razão essas pessoas participaram desses momentos.
Às vezes me pego pensando em por quê Deus deu àquela pessoa a oportunidade de estar ali.
Eu seria mais feliz se pudesse lembrar desses momentos passados e saber que eles pertencem somente a mim. Até porque, dividí-los implica na preocupação da forma como eles serão tratados pela outra pessoa.
É como dividir um sanduíche. É muito ruim descobrir que você cedeu algo seu a alguém e essa pessoa jogou aquilo fora.
A vontade é de gritar "POR QUE DIABOS VOCÊ NÃO DEIXOU TUDO PRA MIM?".
Eu gostaria de esquecer as pessoas com o estalar dos dedos, mas nunca funciona assim.

Tem vezes que dói só na hora do fim, tem vez que dói por horas, meses, anos...
Você ouve uma canção que remete àquele momento e lá está aquela pessoa.
"Hei! Droga! Saia do meu bom momento!"

Às vezes eu consigo me irritar, mas nunca o suficiente pra apagar a pessoa da memória.
Nem vou dizer que eu tente muito e minha força de vontade não será a maior lembrança que terão de mim quando me for.

E pra todas as meninas que já foram, mas ainda estão aqui, eu pergunto:
Eu poderia sentir raiva de vocês, pra ver se passa e vocês deixam pra mim alguns dos momentos passados? Ou talvez, será que vocês poderiam sair pra passear às vezes, quando eu estiver sonhando com o que já passou?

Autosuficiência, a minha ambição atual.

Quem sabe amanhã?

FIM



1 Comentários:

Anonymous Danielle disse:

Gostei...

10 de julho de 2008 às 09:59

 

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